Imagem: twenty20photos, de envatoelements
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O mercado farmacêutico registrou um faturamento 13,6% maior nos dez primeiros meses de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. O volume movimentado por esse mercado foi de R$ 113,02 bilhões, segundo dados da IQVIA, que auditora o setor.

O principal grupo impulsionador desse número foram as redes associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), que tiveram um aumento do faturamento no período de 22,95%, atingindo R$ 13,55 bilhões. Sem considerar a Febrafar, o crescimento do mercado farmacêutico foi de 12,44%, ou seja, as redes associadas à federação levaram os índices de crescimento para cima.

“A grande preocupação deste ano foi a crise gerada pelo Covid-19, mas o mercado farmacêutico se mostrou muito resiliente, mais uma vez. Pelo próprio motivo da crise, que foi relacionada a uma questão de saúde, o mercado não foi afetado, até crescemos mais do que estava projetado. Contudo, diante ao cenário extremamente triste que vivemos, não temos o que comemorar”, diz Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

Os destaques no período foram suplementos, vitaminas, relaxantes e antidepressivos. Em relação às lojas da Febrafar, segundo informações do IQVA, o foi a categoria dos não medicamentos e genéricos.

Já em setembro as lojas atingiram a meta de 25% de participação dos HBNs nas farmácias. Esse grupo é formado por produtos de higiene, beleza e nutrição. “Temos feito ações com essa categoria como o HBN Febrafar, que acontece mensalmente. Negociamos com as indústrias e distribuidores condições comerciais diferenciadas, disponibilizando para as redes e lojas durante uma semana”, diz Renata Matias, gerente de contas da Febrafar.

Em relação ao fechamento do ano, a expectativa é que o crescimento fique acima de dois dígitos. Em relação ao futuro desse mercado, o presidente da Febrafar acredita que não deverá ter muitas variantes do que ocorreu no passado. “Existem vários fatores que contribuem para o crescimento acima da média do canal farmacêutico, dentre os quais podem ser citados: essencialidade, evolução demográfica, patologias epidêmicas e desenvolvimento do mercado”, avalia o presidente da Febrafar.

Um dado que é observado na análise do mercado é que o crescimento só será consistente se esse se der em função da profissionalização das lojas e não apenas na abertura de novas lojas. Por isso se tem essa crescente importância do associativismo como alternativa para os empresários.

“Pensar e executar tudo o que é necessário para prosperar no varejo farmacêutico exige tempo, dedicação contínua e muita atenção. O mundo dos negócios é extremamente complexo e tentar crescer de forma individualizada exige uma grande carga de esforço e tempo”, avalia Edison Tamascia.

Fonte: Mercado e Consumo